Alerta de crise (Efeitos da crise internacional).

08-11-2011 17:14

 

Ministro brasileiro alerta sobre efeitos da crise internacional PDF Imprimir E-Mail
  
Imagen activaBrasília, 8 nov (Prensa Latina) O ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega, alertou hoje sobre um agravamento da crise financeira internacional devido à lentidão dos europeus para buscar uma solução.

  Tal situação -afirmou- já começa a afetar nações emergentes, assinalou Mantega em declarações à imprensa nesta capital.

Disse que os europeus continuam atrasados com relação às necessidades e aos fatos da adversa conjuntura, deixando a situação piorar ainda mais.

"Só agora estão resolvendo o problema da Grécia e já têm o problema da Itália", indicou e agregou que os países europeus foram pressionados na recente Cúpula do G-20 (principais economias do mundo), mas eles têm suas questões políticas por resolver.

Diria que a crise está um pouco pior, assinalou Mantega e explicou que talvez se resolva a situação da Grécia, mas que apareceu a da Itália, que é maior.

O ministro apontou que já se aprecia a saída de capitais de países emergentes, não do Brasil, mas daqueles que não têm um volume elevado de reservas internacionais, o que produz uma debilidade maior na taxa cambial.

"Temos que nos preocupar com isso. Se os emergentes forem atingidos, a situação vai ser pior", advertiu Mantega, que não descartou que essas nações precisem em algum momento de recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) para resolver os efeitos da crise.

O ministro de Fazenda negou que o Brasil tenha oferecido uma ajuda monetária à Europa ascendente a 10 bilhões de dólares, durante a reunião do G-20, efetuada na semana anterior em Cannes, França.

O Brasil, junto a outros países, estava disposto a fortalecer o FMI, mas isso dependia de que os europeus cumprissem as tarefas às quais se comprometeram, organizassem um fundo, utilizassem mais o Banco Central continental e resolvessem o problema da Grécia, entre outras.

Como o anterior não foi concretizado, não se realizou proposta alguma nessa reunião, o que -esclareceu- não quer dizer que no futuro possa se fazer efetiva essa ajuda monetária brasileira.

rc/ale/es