Artigo

20-10-2011 15:17

 

Vilaça defende investimentos em logística em audiência pública no Senado
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O presidente da Associação Brasileira de Logística (Aslog) e diretor-executivo da Associação Nacional de Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça, foi um dos palestrantes no debate realizado hoje (4) pela manhã no Senado Federal em Brasília (DF), pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo sobre a importância da logística para o desenvolvimento regional do Brasil.
 
O encontro foi requerido pelas senadoras Ana Amélia Lemos (PP/RS), Lídice da Mata (PSB/BA) e Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) e presidida pelo senador Benedito de Lira (PP-AL), com o intuito de examinar os entraves existentes ao desenvolvimento regional do Brasil. Entre eles, os gargalos logísticos, a inclusão digital e a guerra fiscal.
 
Rodrigo Vilaça, um dos palestrantes do encontro, destacou a importância dos investimentos em infraestrutura para evitar que em pouco tempo o País tenha que frear o seu crescimento econômico devido aos a um apagão logístico. “Somos potencialmente muito bons economicamente. Mas, temos que reverter o quadro de fraqueza logística que impera desde 1980 no País para que possamos nos desenvolver internamente e externamente com sustentabilidade”, afirma Vilaça.
 
“O Brasil é tido como um País rodoviarista. No entanto, o transporte rodoviário é desregulamentado. É comum os motoristas de caminhão trabalharem mais de oito horas por dia, e a frota de caminhões, principalmente dos autônomos, é muito antiga, possui mais de 23 anos. Nos portos, há problemas com a lentidão das operações e a falta de acesso para trens. Em 2010,  foram pagos mais de US$ 758 milhões só em demurrage (multa paga pela sobrestadia de navio no porto). Os  aeroportos estão um caos. No Rio Grande do Sul, por exemplo, há mais de dez anos a população luta pela ampliação da pista de pouso de decolagem para que aviões de grande porte possam subir e descer com carregamento completo. Hoje, em função da pista ser muito pequena, as aeronaves  só podem decolar com 60% da capacidade de carga”,  completa Vilaça.